1.8.11

Vida inteligente na indústria do rock parte 2: Freak Kitchen



Ah, rapaz! Dou continuidade à série falando sobre uma banda que há muito está na estrada, virando a cabeça daqueles que a ouvem. Porém, o som deles é como um sopro de vida no hard rock/metal contemporâneo e, principalmente, para os guitarristas afundados num mar de Satrianis e Malmsteens Aqui, o ponto forte não está na inovação estrutural, mas na música que eles produzem. Senhoras e Senhores, com vocês, Mattias "IA" Eklundh e o Freak Kitchen!

É quase impossível falar de Freak Kitchen sem falar em IA. Para quem não o conhece, é um sujeito sueco, natural de Gotemburgo, terra do IFK (para os futeboleiros de plantão). Mesmo que não seja famoso ao grande público, já é considerado um dos maiores guitarristas de todos os tempos, com estilo único, virtuosismo, e alguns artifícios técnicos que ele mesmo desenvolveu, em especial os seus harmônicos alavancados que não soa igual a nada que você tenha ouvido. Enfim, o Freak Kitchen surge da necessidade deste sujeito em fazer um som com a sua cara, com a colaboração de dois outros destros músicos, Christer Örtefors, baixista de visual único, e o baterista Björn Fryklund (ou seria Freaklund?).

E o que eu tenho a dizer sobre esses caras? Inovação, alcance técnico, experimentação, fusão, tudo num formato que, pasmem, não te faz dormir na cadeira. Muito pelo contrário, as músicas são empolgantes e têm uma grande tangibilidade para aqueles que não se interessam pelo aspecto técnico da coisa. É heavy metal, mas quase não se vê lugares-comuns do estilo ali. É progressivo, com compassos quebrados e linhas instrumentais, mas tudo de forma concisa, e até suingada. É rock, mas está cheio de influências diversas.

Enfim, são os filhos do Zappa em sua versão "viking", metálica e loura. Para aqueles que desejam ouvir Mattias Eklundh em sua carreira solo, busquem por Freak Guitar, produzido pela empresa de Steve Vai, que deve ter tido um surto quando ouviu o camarada acima pela primeira vez.

Mas nem tudo são flores, mesmo que o Freak Kitchen seja um campo densamente florido. O site deixa a desejar. A estrutura de marketing é a mesma de todas as bandas que eu tanto cutuco. O que compensa é o fato de IA ser um grande nome no campo guitarrístico, gerando boa profusão de endorsements visíveis no site. E o blog é muito interessante, principalmente devido ao fato de Mattias ser uma figuraça. Muito bom o diário deles em Dubai.

Há vida inteligente, pessoal! Não percam as esperanças!



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